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Foto Marta Suzi

Nayara Rangel, 

Nasci em Vitória da Conquista, centro-sul da Bahia. Convivi desde a infância com a fotografia. Meu avô recebia muitas fotografias de gente desconhecida e lugares diversos, existentes apenas nas imagens. Essas fotografias impressas ficavam amontoadas nas diversas gavetas da estante da sala de estar. Eu não tinha permissão para mexer nelas e foi isso que despertou meu especial interesse pela fotografia: a proibição de tocar, ver e imaginar aquelas pessoas, seus modos de vida, quais histórias existiram para que aquelas imagens estivessem ali. O proibido me conduziu à invenção na fotografia. Embora tenha começado a fotografar apenas em 2016, o universo do arquivo, a ideia de memória, de guardar coisas, de fabular sobre gentes que sequer sei quem são me acompanham desde criança. Hoje entendo essa curiosidade como um fator que constitui uma bifurcação em meu processo criativo: de um lado o desejo por estreitar laços com a vida de outras pessoas, acompanhar seus dias, seus rituais, suas manifestações religiosas e, de outro, usar imagens de arquivos comprados em leilões para supor e fabular outras histórias. Meu imaginário está povoado pelo sertão, suas substâncias, seus seres, suas pessoas e toda a atmosfera existente em seus lugares. E tento, sempre que possível, voltar até lá e reviver os afetos e as lembranças que me atravessam até hoje, seja por pessoas com as quais firmei laços ou com as histórias que inventei pra mim.  

Nayara Rangel, 

I was born in Vitória da Conquista, south-central Bahia. I have been surrounded by photography since childhood. My grandfather Nino used to receive many photos from people he never met and diverse places that existed in the pictures only. These printed photos were piled up in the living room drawers. I was not allowed to touch them, and that activated my special interest in photography: forbidden to touch, see and imagine those people, how they lived, what stories those pictures told. Being forbidden led me to invention in photography. Although I only started to photograph in 2016, since I was a child I have been interested in the universe of recording, the idea of memory, of keeping things, of creating stories about people that I don’t even know. Now I understand that this curiosity means a bifurcation in my creative process: the desire to strengthen ties with people’s lives, to follow their routine, rituals, religious practices, and, on the other hand, the desire to use photos from archives bought in auctions, to speculate and create other stories. Sertão lives in my imagination; the substance of Sertão, its beings, people, and all the atmosphere of its locations. Whenever I can, I go back there to experience that affection again, as well as the memories that remain in me until today, through the people I bonded with or the stories I have made up to myself.

EXPOSIÇÕES COLETIVAS

    Exposições coletivas: 08/2023 - EntreATOS III - Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) - com a obra “O Picadeiro”, a qual integra o acervo do museu; 09/2022 - 49º Salão da Primavera – 2022, Museu de Arte Moderna de Resende (MAM); 09/2022 - Vento vai vento vem – Paraty em foco; 08/2022 - Cotidianos para guardar - Bahia – Palacete das Artes; 08/2021 - O Museu de Dona Lina – MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia, com a obra “O Picadeiro”, a qual integra o acervo do museu; 08/2021 - Yê, Yê Omo Ejá - Mãe dos Filhos Peixe – Galeria Eixo ; 02/2021 - Yê, Yê Omo Ejá - Mãe dos Filhos Peixe – Galeria Fragmentos - Espaço Pierre Verger ; 09/2020 - Exposição coletiva 2020 - 2ª edição – Galeria EIXO Arte; 09/2020 - “Reverberar na Exposição virtual 2020” – Pequeno Encontro da Fotografia; 10/2020 - Exposição coletiva - III convocatória internacional Museu Virtual Mundoarti "especial navidad", com a obra Reverberar ; 08/2020 - Exposição Agosto das Artes – 2020, com a obra Reverberar - DOC Expõe; 01/2020 - Salvador do povo, de Lina, de todos os Santos – MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia; 01/2020 - Cores, Amores, Recantos... Bahia – MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia, 2020 , com a obra “O Picadeiro”, a qual passou a integrar o acervo do museu; 10/2019 - Baianas: Iê acarajé, iê abará – Fundação Gregório de Mattos. Projeções: "Tudo que cai na água voa" - Fez parte do "Brasil Imprevisto" que foi projetado em Arles na França através do Festival de Fotografia de Paranapiacaba e Festival de Arles ON/OFF na França. “Ninguém tem a promessa do amanhã” - Fotoprojeção Dia Mundial da Fotografia 2023 – ChãoSLZ, através do NUPPI - Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem Prêmios e Seleções: Teve foto selecionada para 8º convocatória “Imagens para o amanhã”, participando da Exposição Coletiva do Festival de Fotografia de Tiradentes, 2018; XXI Bienal da Cor - Confederação Nacional de Fotografia – CONFOTO, selecionada foto com menção honrosa, 2019 Publicações: Co-autoria no Livro ArteGente – SobreGentes Editora, lançado em 2020; Co-autoria no Livro Sotaques Salvador - SobreGentes Editora, lançado em 2021; Fotolivro “Ô de casa”, Editora Origem - Lançado em 2021; Co-autoria no “Cotidianos para guardar Bahia” – SobreGentes Editora, lançado em 2022; Participação na Revista digital A CasaRevista - 3 Edição - Apropiação Acervo em museu: Em 2019, sua obra “ O picadeiro” foi incorporada ao acervo do MAM-BA.

    Exposição “Baianas: iê acarajé, iê abará”

    REVERBERAR

    Exposição coletiva, 2ª edição, 2020

    O picadeira - MAM.jpg

    O Museu de Dona Lina

    Exposição “Cores, Amores, recantos... Bahia”

    EXPOSIÇÃO YÈYÉ OMÔ EJÁ

    Cotidianos para guardar a Bahia

    Exposição “Salvador do povo, de Lina, de todos os Santos"

    YÊ, YÊ OMO EJÁ - mãe dos filhos peixe

    Tudo que cai na água voa

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